terça-feira, 13 de agosto de 2013

Sempre solidário com os professores

 
 
Imagens violentas chegam do Brasil. Por estes dias, quando os professores reclamam direitos, dignidade, condições de trabalho, e o governo manda sobre eles a polícia de choque, aos tiros e à bastonada, desonrando-os na praça pública, como se de vulgares bandidos se tratasse, estamos perante um sistema governativo nada preocupado com a educação, com o futuro, com os jovens, com os modelos de dignidade e valores que a escola e a classe docente devem transmitir.

Mas por cá, o terror e a afronta aos professores não é menor. O Ministério da Educação encarrega-se de transformar os curtos dias de férias dos professores em dias angustiosos, anunciando o patrocínio às escolas privadas, através da atribuição às famílias de um absurdo e enigmático “cheque ensino” que visa, claramente, afastar os filhos das escolas públicas, esvaziando-as de alunos, ao mesmo tempo que se anunciam, para estas, turmas de 35 alunos, com extinção de milhares e milhares de horários. Que ensino, que aprendizagem, estará na cabeça de quem concebe tais soluções? Muitos milhares de professores novos, que construíram carreiras em dez e 20 anos de serviço, ficam sem trabalho, e os mais velhos vão arrastar-se penosamente nas escolas, ou de escola em escola, sonhando com as aposentações que cada vez mais se apresentam como um oásis longínquo.

Já o tenho dito, e repito. Numa escola sem alegria não há criatividade. E com professores tristes, precários, permanentemente angustiados, sem horizontes otimistas, que futuro se projeta nas nossas escolas? Que futuro se projeta para o nosso país?
Estou e estarei sempre solidário com os professores.


Alexandre Parafita