segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Porque todos os instantes são únicos, irrepetíveis…

 

Hoje é o Dia Mundial da Fotografia. Assinala-se a data do anúncio, em 1839, da descoberta do daguerreótipo pelo cenógrafo e físico francês Louis Jacques Mandé Daguerre. Com este invento, conseguiu obter a primeira imagem fixa pela ação direta da luz, e, desde aí, acalentar um dos mais emocionantes caprichos da civilização: solenizar e mitificar os instantes, tornando perenes as emoções que produziram.

E porque todos os instantes são únicos, irrepetíveis, é sempre grande o impulso para desejar cristalizá-los numa imagem. A bisavó que conta uma história ao menino. Dois extremos geracionais em perfeita harmonia. Instantes únicos. Como único é o timbre ternurento da voz que capta o olhar deslumbrado do menino, e o gesto da mãozinha no seu regaço, numa cumplicidade apeladora: Não te vás. Fica. Devolvo-te um pouco do meu tempo. Mas fica. Sê eterna. Que eu cresça a ouvir as tuas histórias até nunca mais me cansar. Fala-me das tuas rugas. Multipliquemos nelas muitas mais histórias. Que elas sejam páginas de livros onde quero aprender lições de vida.

Daguerre previu isto tudo há 174 anos. Porque todas as histórias carregam sempre a magia dos instantes que nos comovem.