[foto de José Doutel Coroado]
“Geada na cama, água na
lama”, é como dizem os sábios transmontanos, maravilhados com o frio que faz
por aqui e que a muitos aflige. E embora as palavras sejam outras, significam
exactamente o mesmo que estas: Da flor de janeiro, ninguém enche o celeiro; Em
janeiro sobe ao outeiro, se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires nevar,
põe-te a cantar; Verdura de janeiro, não vai a palheiro; Se o sapo canta em janeiro,
guarda a palha no sendeiro; janeiro de chuva e frio vai dar riqueza no estio; Trovoada em janeiro, nem
bom prado, nem bom palheiro; Janeiro geadeiro se não dá 31 geadas não é bom
janeiro. Ou então: “Em Janeiro, sete samarras e um sombreiro”
Ainda haverá, por aí, quem duvide da
infalibilidade da cultura popular?