Retirar alguns das praias (em especial os que andam por lá em mero voyerismo, vigiando os fios-dentais e os “bumbuns”…) e colocá-los a vigiar do céu as florestas, era o mínimo que se poderia esperar dos decisores mais inteligentes.
Diz quem sabe que um drone pode percorrer uma distância até 35 quilómetros, o que em linha reta cobriria uma boa fatia do território transmontano. E assim meia dúzia de drones, lançados e pilotados estrategicamente, permitiriam, no espaço de minutos, identificar a origem de muitas ignições e avistar os próprios incendiários.
Ocorre este cândido
exercício de sensatez a um simples leigo na matéria, quando, nestes dias, se
assiste à destruição, nas zonas de Ribeira de Pena e Boticas, de uma das
maiores manchas contínuas de pinheiro bravo da Península Ibérica, e há quem
diga que ocorreram várias ignições em localizações diferentes. Portanto,
estar-se-á à vista de mais uma das ações criminosas que nos empobrecem a olhos
vistos, perante a placidez de um regime de gente mansa, sem ousadia, nem
justiça, nem autoridade.
(ap)