Se estes drones, em vez de “patrulharem” hoje a terra queimada, tivessem, há uns dias atrás, andado a patrulhar o território nas zonas mais críticas e propensas aos fogos, certamente o país não estaria hoje sob o estado depressivo em que está, mais triste, enlutado e mais empobrecido.
Porque não os usam os
bombeiros, os sapadores florestais, as forças militares, a força área, as
juntas de freguesia, as associações ecologistas, colocando-se em pontos
estratégicos do território florestal?
Já aqui o disse e repito.
Um drone pode percorrer uma distância até 35 quilómetros, o que em linha reta
cobriria uma boa fatia do território. E assim, bastaria meia dúzia de drones,
lançados e pilotados estrategicamente, uns no Marão e Alvão, outros no
Montesinho, na Padrela, no Larouco e no Gerês, para permitirem, no norte do
País, no espaço de minutos identificar a origem das ignições e avistar os
próprios incendiários.
Cada vez me convenço mais
que o País está a ser gerido por gente com pouca capacidade e sem visão
calculista e prospetiva dos flagelos, e que assume as catástrofes como uma
fatalidade. Até cancelam as viagens, pois já "sabem" que as
catástrofes vêm aí. Assim, não vamos a lado nenhum.
(ap)