A “opinião pública” cada vez mais duvida da “opinião
publicada”. E, perante a vitória de Rui Rio, tem boas razões para tal. De
resto, qualquer caloiro que estuda as teses do sociólogo Habermas, entende o
sentido das suas palavras quando fala da comunicação publicada como
“colonizadora do raciocino público”, ou seja, como escreveu em 1984, “a opinião
publicada circula com o intuito central de obter adesão, fazendo com que o
indivíduo se limite a escolher aquela posição que mais lhe agrada ou convém
dentre o leque de opiniões disponíveis”.
Alguns ditos “comentadores de referência” deveriam, primeiro, como “opinadores” incongruentes, devolver às estações de TV os brutais cachets que recebem, e, depois, sentarem-se nos bancos da Universidade e começar por ler e estudar o que os grandes teóricos ensinam sobre o papel e a função nobre que a sociedade espera da Comunicação Social.
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