Ainda que no interior se cumpram as regras estabelecidas (o
que em muitos casos não acontece, quando os alunos, embora de máscara, estão
sentados na mesma mesa e se acotovelam…), assiste-se, à porta das escolas, a
uma balbúrdia completa. Os alunos amontoam-se, sem máscara, uns a fumar, outros
ao telemóvel, outros a conviver numa absoluta indiferença perante o drama que
vivemos. Assisto a isso diariamente onde passo. Daí que não nos espantem os
resultados conhecidos em que já poucas são as escolas sem alunos infetados.
De que vale criar as tais “bolhas” dentro da escola, se no
exterior estão a instalar-se “barris” de pólvora?
Mas muita imprudência mora também dentro dos
estabelecimentos, quando os diretores impõem, fora dos horários de aulas,
reuniões presenciais de professores, que podiam, com a mesma eficácia, decorrer
à distância em regime virtual. E assim se contribui, ingénua, ou
hipocritamente, para que este drama não tenha fim.
(ap)