Demitido do cargo de
Ministro da Cultura por ter ameaçado com bofetadas aqueles que o criticavam,
era suposto que, agora liberto do peso da governação, portanto com as mãos
soltas, desatasse à estalada a torto e a direito, pois é imenso o exército dos
que o criticam, e que o consideram um autêntico desastre em política cultural.
Estou em crer que as mãos lhe haviam de doer de tanta bofetada dar. Mas não.
Dizem as notícias mais frescas que, após sair do governo, vai descansar para
Paris. Pois então que descanse muito por lá, e, depois do descanso, se puder,
junte-se aos nossos emigrantes a fazer (ou a aprender a fazer) alguma coisa de
jeito, já que por cá, na política ou na cultura, não se lhe reconhece jeito
nenhum. (ap)