Celebra-se hoje o 32º
aniversário do Instituto Politécnico de Bragança. Foi seu fundador o Prof.
Joaquim Lima Pereira, que tive o privilégio de entrevistar antes de partir de
armas e bagagens para Bragança. Era então reitor do IUTAD, antecessor da atual
UTAD. Nessa entrevista revelava as linhas centrais do seu pensamento para o que
pretendia que fosse o ensino superior em Trás-os-Montes, uma visão estratégica
que viu concretizada na UTAD e no IPB. Mas nessa visão incluía, acima de tudo,
ideias sólidas, sábias e avançadas, para o desenvolvimento global sustentado de
Trás-os-Montes, ainda que os políticos de “meia tigela” que, entretanto, se
atravessaram no caminho as não tenham sabido aproveitar. Foi por isso uma
figura central para Vila Real e para Bragança. Estas cidades hoje são o que são
e muito lho devem.
Ao que sabemos, cinco
anos após a sua morte, o seu nome não consta na toponímia em qualquer destas
cidades. Porquê? É preferível continuar a enxameá-la com nomes de criaturas
fantasmas, umas absolutamente desconhecidas, outras de notoriedade irrelevante?
Alexandre Parafita
in Diário de Trás-os-Montes