Passa no dia
de hoje mais um ano sobre a morte de Miguel Torga (12-08-1907
- 17-01-1995). Era meu vizinho, a sua casa ficava a pouco mais de um tiro de mosquete da minha, calcorreei por isso os mesmos pedregulhos da
montanha, mas apenas o conheci de longe, e já derreado de anos, embora a vida
toda houvesse crescido dentro dos seus versos. Alguns ainda fazem eco aos meus
ouvidos, especialmente nos recados de esperança e exortação que neles fluem tão cristalinamente como a água das ribeiras da nossa terra:
“Os leões da
caverna só devoram
Quem os ouve rugir
e se recusa a entrar”
Alexandre
Parafita