Apenas Paulo Raimundo e
Rui Tavares (a quem tiro o meu chapéu) trouxeram a Cultura para os debates, o
que significa que para os partidos do “arco”, aqueles que podem, na realidade,
chegar ao poder, a Cultura pouco ou nada representa. A Cultura sempre deu poucos
votos… e isso pode explicar tudo.
Mas ignorar que para
uma vida verdadeiramente humana, para além do direito à Saúde, à Educação, ao
Trabalho, à Habitação, à Justiça, há também o direito à Cultura, como
indispensável à dignidade e ao livre desenvolvimento da personalidade de cada
um (como diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948), traduz um
grave retrocesso civilizacional.
A Cultura é o caminho para a humanização, é com ela que se constrói uma sociedade mais democrática, mais justa e mais solidária. Até porque o direito à Cultura está na base dos outros direitos. O homem sem Cultura será sempre o mais enganado, o mais humilhado e o mais explorado.
Infelizmente, só na
hora em que convém (ficar bem no “boneco”), é que os políticos lá chegam. Mas
na hora de arrebanhar votos… que se lixe a Cultura!
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