Lembrá-los
hoje, meio século depois, é um dever cívico. O dever de quem sabe honrar a
memória.
Veiga Simão, quando decidiu lançar o ensino superior em cidades como Vila Real, ouviu na Assembleia Nacional (hoje Assembleia da República) um qualquer animal, travestido de deputado da Nação, declarar: “Dar a qualquer cidadão o direito de ser doutor, mais não é do que entender que qualquer burro tem o direito de ser cavalo”.
Mas não se intimidou o jovem Ministro. E o Estado Novo tremeu. Nasceu assim (a 11 de março de 1973) o Instituto Politécnico de Vila Real, que logo evoluiu para Instituto Universitário e depois para Universidade. Aqui recordo os homens do leme que se seguiram (os já falecidos): o Prof. António Réfega, o Prof. Joaquim Lima Pereira, o Prof. Fernando Real (que me “desviou” do jornalismo para a UTAD e depois, enquanto Ministro do Ambiente, ainda me veio buscar para Assessor de Imprensa) e por fim o Prof. Torres-Pereira.
E para os
vindouros, fique a lembrança de que nada caiu do céu em Trás-os-Montes. Todos
os avanços foram arrancados a ferros à custa de muitas batalhas. O Marão
erguia-se como um obstáculo, mas havia outros ainda mais difíceis de transpor.
www.facebook.com/alexandre.parafita.escritor