Sentir-me-ei
particularmente honrado em participar. Em 20 anos de jornalismo, pude conhecer bem o
seu labor e dedicação à UTAD e às causas transmontanas.
Luís Valente de Oliveira, professor
catedrático da Universidade do Porto, esteve na génese da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), quando, em 6 de junho de 1973, desempenhava
o cargo de Diretor do Gabinete Técnico da Comissão de Planeamento da Região do
Norte. Nessa data, juntou no Porto, na sede da CCRN, uma comissão “ad hoc” para
o ensino superior com vista à elaboração das propostas a inserir do IV Plano de
Fomento. Nessas propostas esteve um conjunto de cursos que visavam sustentar o
arranque objetivo do então Instituto Politécnico de Vila Real, que viria a
concretizar-se, com forma legal, dois meses depois (pelo decreto-lei 402/73 de
11 de agosto). A ligação de Valente de Oliveira às sucessivas etapas da
instituição, que entretanto evoluiu para Instituto Universitário (1979) e para
Universidade (1986), revestiu-se sempre de ativa e constante participação,
destacando-se o lançamento, nos finais da década de 80, do Programa de
Desenvolvimento Rural Integrado de Trás-os-Montes (PDRITM), com os apoios do
Banco Mundial, que permitiu à UTAD desenvolver os seus projetos de
investigação nas áreas do solos agrícolas, raças autóctones e recuperação das
castas no Douro. Entretanto, e sempre com um olhar atento aos anseios da região transmontana, Valente de Oliveira tem desempenhado notáveis funções na vida política nacional, sendo de salientar, entre outros, os
cargos de Presidente da Comissão de Coordenação da Região do Norte, Ministro da
Educação e Investigação Científica, Ministro do Planeamento e Administração do
Território e Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação.
No próximo dia 14 de junho, pelas 11
horas, vai ser agraciado com o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade
de Trás-os-Montes e Alto Douro.