quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

As Lendas do Dia dos Namorados

Porque amanhã (14 de fevereiro) é, entre nós, o Dia dos Namorados, uma data com muito simbolismo lendário, aqui fica uma das versões da lenda, uma lenda do mundo, que lhe deu origem:


Valentim era padre nos alvores da Idade Média. Diz a lenda que o imperador de então, Cláudio II, havia proibido os casamentos em tempo de guerra, para que os soldados, de coração liberto, melhor se empenhassem nas batalhas, evitando, ao mesmo tempo, que deixassem jovens viúvas desamparadas e filhos órfãos.
Porém, o padre Valentim, conhecedor do seu rebanho, e percebendo ser difícil impedir que, entre os jovens, os corações palpitassem e o amor despontasse, ignorou a proibição, continuando a casá-los discretamente, por achar que, pior do que viúvas desamparadas e filhos órfãos, era ficarem por lá mães solteiras com filhos de pais incógnitos.
Entretanto, denunciado ao imperador, Valentim foi mandado prender. E na prisão, enquanto aguardava a sentença, ele próprio se enamorou de uma filha cega do carcereiro, a quem, por milagre, devolveu a vista. Condenado depois à tortura e à morte, passou a ser venerado pelo povo como santo. E o dia da sua morte, 14 de fevereiro, viria mais tarde a ser consagrado como Dia dos Namorados, ou Dia de São Valentim.

Contudo, no Brasil, a origem lendária do Dia dos Namorados liga-se não a São Valentim mas a Santo António, o santo português padroeiro dos noivos. Por isso é festejado no dia 12 de junho, véspera do dia do Santo. E é portuguesa a lenda que deu origem à tradição: A lenda de “Santo António mandado degolar” (mandado degolar pelo pai de uma noiva obcecada de amores pelo santo, quando ainda o não era). Foi recolhida na região do Douro e pode ser consultada na obra Património Imaterial do Douro –Narrações Orais, vol. 1, (Lisboa, Âncora Editora, 2007, pág. 37).
Alexandre Parafita